O ministro da Defesa da Índia garantiu, esta quarta-feira, que aqueles que planearam e realizaram o ataque contra turistas de terça-feira, o mais mortífero contra civis em Caxemira desde 2000, receberão uma resposta “rápida e inequívoca”.
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“Os responsáveis e os que estão por detrás de tal ato ouvirão a nossa resposta muito em breve [e ela será] inequívoca”, afirmou Rajnath Singh, num discurso em Nova Deli.
Na terça-feira, pelo menos 28 pessoas morreram e várias outras ficaram feridas na sequência de um tiroteio perpetrado por homens armados contra turistas na Caxemira controlada pela Índia.
“Não atingiremos apenas aqueles que realizaram o ataque, [mas] também aqueles que o planearam nos bastidores do nosso território”, acrescentou.
A polícia indiana afirmou que se tratou de um “ataque terrorista” realizado por combatentes que lutam contra o domínio indiano na região da Caxemira, perto da cidade turística de Pahalgam.
As forças indianas lançaram intensas buscas após o ataque e, esta madrugada, o exército indiano anunciou “ter eliminado dois terroristas” num tiroteio na Caxemira administrada pela Índia.
As mesmas fontes indicaram ter suspeitas de que os dois elementos eliminados tinham “tentado uma infiltração” em Baramulla, a cerca de 100 quilómetros a nordeste de Pahalgam.
Desde a divisão em 1947, a Índia e o Paquistão disputam a soberania de Caxemira, de maioria muçulmana.
Na parte indiana, uma rebelião separatista causou dezenas de milhares de vítimas desde 1989. Nova Deli enviou para o local um contingente de cerca de 500 mil soldados.
Cerca de 3,5 milhões de turistas visitaram Caxemira em 2024, a maioria dos quais turistas indianos, de acordo com dados oficiais.