O governo italiano divulgou, na terça-feira, uma carta assinada pelo ministro da Educação, Giuseppe Valditara, que proíbe o uso de telemóveis durante as aulas.
Corpo do artigo
De acordo com a agência de notícias italiana ANSA, que cita a carta, o uso de telemóveis é "um elemento de distração" e "desrespeitoso para com os professores", sendo uma prioridade restaurar a autoridade dos docentes. No entanto, não serão aplicadas sanções por incumprimento da regra. "Não estamos a introduzir sanções disciplinares, apelamos ao sentido de responsabilidade".
A proibição aplica-se a alunos e professores e estende-se a dispositivos eletrónicos semelhantes. É feita, porém, uma exceção para o uso de ferramentas digitais como um auxiliar de aprendizagem.
No mês passado, o ministro da Educação disse ao jornal italiano "Corriere della Sera" que os alunos podem deixar os telemóveis "na entrada ou fora da sala de aula".
A diretiva foi aprovada pelo presidente da Associação Nacional de Diretores da Itália, Antonello Giannelli, que a considerou "aceitável tanto em substância quanto em forma". Por outro lado, Giannelli disse que os telemóveis podem ser usados para tornar o ensino mais inclusivo. "Sim ao telemóvel como ferramenta de ensino, não como ferramenta de distração", rematou.
Na prática, esta proibição não é nova, uma vez que já existia desde 2007 por determinação do então ministro da Educação, Giuseppe Fioroni. De acordo com esta diretiva, o aluno pode trazer o telemóvel para a escola, mas não pode utilizá-lo, sob pena de medidas disciplinares. A atual circular reafirma a proibição já existente.