O Governo português manifestou hoje, quinta-feira, a sua preocupação pela situação de instabilidade política e militar na Guiné-Bissau, mas adiantou não ter qualquer informação sobre qualquer caso problemático que afecte a comunidade portuguesa.
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Segundo fontes diplomáticas e de organizações internacionais, o primeiro ministro da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, e o chefe das Forças Armadas, Zamora Induta, foram feitos reféns por militares hoje de manhã na capital guineense.
Em conferência de Imprensa, no final do Conselho de Ministros, o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, disse que o Governo português "acompanha com preocupação a situação na Guiné-Bissau e está neste momento a recolher informação".
"Como sempre acontece nestas situações, a informação é escassa e por vezes contraditória. A informação disponível é que não há relato de nenhuma situação problemática que afete diretamente a comunidade portuguesa", acrescentou o ministro da Presidência.
Dos pontos de vista político e diplomático, Pedro Silva Pereira frisou que o Governo português "lamenta que a Guiné-Bissau não encontre o caminho da estabilidade, que seria absolutamente essencial para o seu desenvolvimento".
"Estamos uma vez mais confrontados com uma situação de turbulência interna. Trata-se de um motivo de preocupação em razão da comunidade portuguesa que ali reside, mas é sobretudo motivo de preocupação porque seria bom que a Guiné-Bissau encontrasse o caminho da estabilidade política e do respeito pelas regras do Estado de Direito", acrescentou.