O Governo português afirmou este segunda-feira que os últimos desenvolvimentos na Líbia, onde as forças rebeldes já ocupam grande parte de Tripoli, aproximam "de forma decisiva o povo líbio do culminar da sua luta em prol da liberdade e da democracia".
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Numa nota enviada à Agência Lusa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) refere que "apesar de no terreno a situação não se encontrar ainda definitivamente clarificada, é manifesto que o regime ditatorial do coronel Kadafi está a viver os seus últimos momentos".
"A sua saída do poder é, por isso, a única consequência lógica e necessária e devia ocorrer por sua própria iniciativa, na medida em que a prioridade é evitar o sofrimento da população civil", lê-se na nota.
De acordo com o MNE, os acontecimentos na Líbia "vêm ainda dar mais sustentação à decisão do Governo português, tomada no passado dia 22 de julho, no sentido do reconhecimento do Conselho Nacional de Transição (CNT) como autoridade governativa legítima da Líbia até à formação de uma autoridade transitória".
O Governo português "reitera a sua visão de que ao CNT cabem especiais responsabilidades em assegurar, nesta mudança de regime, um processo de reconciliação nacional, com uma transição pacífica e inclusiva para a democracia, que permita ao povo líbio realizar as suas aspirações", refere a mesma nota.
"O Governo português reafirma, uma vez mais, o seu apoio à soberania, independência, integridade territorial e unidade da Líbia, visando a construção de um Estado democrático e de uma sociedade livre", diz a nota oficial.