Chanceler Olaf Scholz demitiu, na quarta-feira, o ministro das Finanças, que é líder de partido essencial para sustentação do Executivo. A oposição pediu hoje celeridade. A extrema-direita pode crescer em futuro escrutínio.
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A coligação de Governo “semáforo” colapsou na Alemanha após três anos. O chanceler Olaf Scholz, dos vermelhos social-democratas, demitiu o ministro das Finanças, Christian Lindner, líder dos amarelos liberais, encerrando uma aliança política invulgar composta também pelos Verdes. O Executivo alemão enfrentará uma moção de confiança no Parlamento, com a Oposição a pressionar por eleições o mais rápido possível.
A demissão anunciada na noite de quarta-feira foi logo justificada por Scholz, que não poupou críticas a Lindner, acusando o presidente do Partido Liberal Democrático (FDP, na sigla em alemão) de fazer uma política de clientelismo e de pensar apenas na sobrevivência a curto prazo do próprio partido. “Um tal egoísmo é incompreensível. Já não há confiança em trabalhar com Lindner”, acrescentou. Jorg Kukies, conselheiro próximo do chanceler, assumiu a tutela.