
Foto: AFP
A ativista climática sueca Greta Thunberg foi detida, esta terça-feira, em Londres durante uma manifestação de apoio a membros detidos da Palestine Action, organização classificada como terrorista no Reino Unido após atos de vandalismo.
Segundo a organização Defend Our Juries, Thunberg, de 22 anos, segurava um cartaz com a frase "Eu apoio os prisioneiros da Palestine Action. Oponho-me ao genocídio" e foi detida ao abrigo da legislação antiterrorista britânica.
A polícia londrina confirmou a detenção de "uma mulher de 22 anos" por transportar um objeto em apoio a uma organização proibida, sem a identificar nominalmente, acrescentando que foi posteriormente libertada sob fiança.
Imagens divulgadas nas redes sociais mostram a ativista sentada no chão com o cartaz durante a ação, realizada em solidariedade com oito ativistas da Palestine Action, com idades entre os 20 e os 31 anos, detidos preventivamente e, em alguns casos, em greve de fome desde o início de novembro.
Num vídeo publicado na véspera na rede social Instagram, Thunberg descreveu-os como "presos políticos" e apelou ao Governo do primeiro-ministro Keir Starmer para atender às suas reivindicações, incluindo a libertação e a retirada das acusações.
Questionado no Parlamento na semana passada, Starmer explicou que as "regras e procedimentos" foram seguidos.
A polícia anunciou ainda a detenção de duas pessoas por suspeita de "danos criminais" num edifício da City de Londres onde decorreu a manifestação, depois de a fachada da seguradora Aspen ter sido coberta com tinta vermelha, numa ação reivindicada para denunciar alegada cumplicidade com a Elbit Systems, empresa de defesa ligada a Israel.
