
Cerca de oito mil operários do estado do Ceará, no nordeste do Brasil, iniciaram, esta segunda-feira, uma greve por tempo indeterminado, que paralisou projetos de transporte urbano relacionados com o Mundial de 2014.
Corpo do artigo
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Pesada do Ceará (Sintepav-CE), os operários decidiram entrar em greve devido ao não cumprimento do acordo de reajustamento salarial concluído em abril.
Os trabalhadores reivindicam um aumento salarial de 25 por cento, além de ajudas de custo para alimentação no valor de 300 reais (cerca de 117 euros), entre outros benefícios como folgas a cada 60 dias para os residentes fora do estado.
O sindicato informou ter marcado uma assembleia-geral para quarta-feira, quando esperam ter recebido uma nova proposta da organização patronal, que será então avaliada.
Caso os patrões não se manifestem até a data, os trabalhadores vão continuar em greve e uma nova assembleia deverá ser convocada na segunda-feira seguinte.
Entre as obras paralisadas estão projetos de transporte urbano, desenvolvidos para o Mundial de 2014, além de ampliações de estradas e projetos de saneamento básico, no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal brasileiro.
Na cidade de Fortaleza, capital do estado, as obras do metropolitano, que envolvem cerca de 600 trabalhadores, estão paralisadas há mais de uma semana.
