Grande parte da cidade de Joanesburgo, incluindo o subúrbio onde se encontra Nelson Mandela em estado crítico de saúde, está sem eletricidade, devido a uma greve que pode causar o prolongamento do "apagão" durante vários dias.
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A empresa que fornece eletricidade a este importante centro económico sul-africano, a Johannesburg City Power, já informou ter restaurado o fornecimento de energia a várias áreas da cidade, mas preveniu que os cortes poderiam durar até três dias.
A City Power já instalou um gerador para fornecer energia à casa de Mandela, "devido principalmente à sua saúde", adiantou fonte da empresa.
O porta-voz da empresa, Hloni Motloung, acrescentou à agência noticiosa AFP que a polícia tinha sido solicitada a investigar a possível ocorrência de sabotagem em algumas subestações e que tinham sido colocados elementos da segurança nesta unidades "para as guardar".
O problema ocorreu depois de cerca de 200 técnicos se terem recusado, esta sexta-feira, a trabalhar para além do seu horário.
O subúrbio de Houghton, onde está a residência do antigo presidente Mandela, é uma das áreas afetadas.
O ícone do movimento anti-apartheid, de 95 anos, está em casa, que sofreu transformações significativas para que pudesse continuar a receber cuidados intensivos, depois de, no domingo, ter saído do hospital onde esteve durante quase três meses.
A maior economia africana sofre de interrupções no fornecimento de energia há anos.
O tribunal emitiu hoje uma ordem a ordenar o regresso dos grevistas ao trabalho, mas que foi ignorada.
A greve ocorre num tenso ambiente laboral, com massivos protestos em todo o país.