A greve desta quarta-feira dos funcionários do metro e dos comboios de São Paulo pode afetar 4,8 milhões de pessoas, segundo as empresas do setor.
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Segundo o site de notícias G1, a Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô) e a Companhia Paulista de Trens (comboios) Metropolitanos (CPTM) estimam que aproximadamente 4,8 milhões de passageiros possam ser afetados pela greve.
Os funcionários do metro, que querem o reajuste dos seus salários e benefícios, decidiram entrar em greve na noite de terça-feira após uma audiência realizada com mediação da Justiça do Trabalho.
Segundo o sindicato da categoria, cerca de 2.000 pessoas votaram pela greve. A Metrô ofereceu um aumento real de 1,5% e 4,15 % de correção, enquanto os funcionários pedem 5,37% de correção e 14,99% de aumento real.
A greve dos funcionários de duas linhas da CPTM teve início hoje e deve perdurar por tempo indeterminado. Está prevista uma nova assembleia para hoje, na qual será avaliada a paralisação. Cerca de 850 mil passageiros usam diariamente as duas linhas.
Em nota, a CPTM informou que os sindicatos das linhas 7, 8, 9 e 10 continuam em negociação e as linhas vão operar normalmente.
Segundo a CPTM, foi apresentada uma nova proposta na terça-feira reajustando o valor do vale-refeição, a correção salarial de 4,6 por cento e mais 1,5 por cento de produtividade. Além disso, indicou que os funcionários terão direito a participação nos resultados da empresa, a ser paga em 2013.
As operações nas linhas do metro começaram atrasadas devido à greve e, na maioria dos casos, estão a funcionar somente em alguns troços e em velocidade reduzida.
As operações estão a ser realizadas com funcionários que não aderiram à greve e com o quadro administrativo que auxilia nas estações e bilheteiras.
Os tribunais de Justiça e do Trabalho determinaram serviços mínimos para o funcionamento do metro e dos comboios e, se esta decisão não for cumprida, serão aplicadas multas diárias aos sindicatos.
Por causa da declaração de greve, o "rodízio municipal de veículos", que às quartas-feiras limita a circulação de carros e camiões com matrículas que terminam em 5 e 6 no centro da cidade, foi suspenso, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
A SPTrans (Sistema Municipal de Transportes) acionou o Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência (PAESE), que prevê a extensão das linhas de autocarros com destino às estações do metro até a região central de São Paulo.
A greve está a afetar o trânsito na maior metrópole brasileira. Às 08.00 horas locais (12.00 em Lisboa), a CET registrava 162 quilómetros de filas nas ruas da cidade.