O presidente colombiano, Iván Duque, garantiu que o Grupo de Lima, que se reúne na segunda-feira em Bogotá, deverá apertar o cerco diplomático a Nicolás Maduro sem deixar-se levar por "discursos belicistas".
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"Amanhã [segunda-feira], o Grupo de Lima tem que se pronunciar de forma muito clara sobre o que vimos ontem [sábado] e creio que a comunidade internacional tem a obrigação de apertar o cerco diplomático, porque uma ditadura que é capaz de queimar medicamentos e alimentos é a maior demonstração da brutalidade que está disposta a cometer para preservar o poder", disse Iván Duque, em Cúcuta, cidade colombiana na fronteira com a Venezuela e um dos pontos fronteiriços através dos quais o autoproclamado presidente interino venezuelano, Juan Guaidó, tentou fazer entrar ajuda humanitária.
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Guaidó anunciou que vai participar na cimeira do Grupo de Lima, em Bogotá, "para discutir possíveis ações diplomáticas" contra o regime de Nicolás Maduro, um encontro que vai também contar com a presença do vice-presidente dos EUA, Mike Pence.
"Na segunda-feira irei participar na cimeira do Grupo de Lima, para me reunir com todos os chefes da diplomacia da região e também com o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, para discutir possíveis ações diplomáticas", disse Guaidó.
Do ponto de vista de Duque, na gestão internacional que se fez da crise política, social e económica na Venezuela "o importante foi o cerco diplomático", considerando fundamental não se deixar levar "pelos discursos belicistas".
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Esse cerco, disse, permitiu que "um grupo muito importante de países já reconheçam Juan Guaidó" e que o que é necessário agora é na Venezuela "os militares continuem a entregar a sua lealdade ao presidente legítimo".
"Estamos à espera das decisões que tomemos com a comunidade internacional para garantir a entrada da ajuda humanitária", disse Duque.
O Grupo de Lima, que junta 13 países latino-americanos e o Canadá, representa mais de 90% da população do continente americano e tem o apoio dos EUA.