O grupo mercenário Wagner avança na tomada da cidade ucraniana de Bakhmut, onde alguns dos seus combatentes foram destacados para proteger as alas, depois da retirada de parte do exército russo.
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No sábado, as unidades do grupo Wagner avançaram 550 metros em diferentes direções em Bakhmut, afirmou hoje o chefe do grupo, Yevgueni Prigozhin, num áudio difundido pelo grupo. Neste momento, acrescentou, estão por conquistar "1,78 quilómetros quadrados de território".
De acordo com Prigozhin, dos 48 edifícios com vários andares que ainda se encontram de pé, as forças ucranianas mantêm o controlo sobre 29.
"As unidades de Wagner continuam o avanço em direção a oeste. Além disso, a artilharia e unidades retiradas do cumprimento de outras tarefas em Bakhmut veem-se obrigadas a tapar o buraco na barragem de Berjóvskaya (no noroeste do país) para cobrir as alas para a tomada definitiva de Bakhmut", realçou.
Na sexta-feira, Prigozhin alertou para a difícil situação das tropas russas nas alas de Bakhmut, onde as forças ucranianas começaram a reconquistar alguns territórios.
"As alas estão a desmoronar-se, a frente está a desmoronar-se e as tentativas do Ministério da Defesa suavizar de alguma forma a situação conduz e conduzirá a uma tragédia global para a Rússia", avisou o chefe do Wagner.
O mercenário recomendou, num vídeo na cúpula militar, que se "deixe de mentir imediatamente" sobre a situação e convidou o ministro da Defesa russo a visitar a cidade.
Prigozhin disse estar, no entanto, convencido de que o grupo Wagner assumirá em breve o controlo total da cidade, onde os combates não cessam há meses.
O Ministério da Defesa da Rússia denunciou, também este domingo, tentativas frustradas das forças armadas de Kiev de romper, no sábado, as linhas de defesa russas em torno da cidade oriental ucraniana de Bakhmut.
"No norte e sul de Artiómovsk [denominação russa para a cidade de Bakhmut], o inimigo efetuou tentativas massivas de romper as defesas das nossas tropas", afirmou o porta-voz militar Ígor Konashénkov no relatório diário.
Segundo Konashénkov, todos os ataques das tropas de Kiev "foram retidos". "Não se permitiu a rutura das linhas defensivas das tropas russas", assegurou.