O Hamas aceitou negociar a libertação de reféns israelitas e de prisioneiros palestinianos na ausência de um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza, disse hoje um alto responsável daquele movimento.
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"O Hamas exigiu que Israel aceitasse um cessar-fogo total e permanente como condição para negociar", afirmou, citado pela agência France-Presse, acrescentando que "este ponto foi ultrapassado, uma vez que os mediadores se comprometeram a que, enquanto as negociações estiverem em curso, o cessar-fogo continua em vigor".
Aquele responsável adiantou, segundo a AFP, que o Hamas "retirou a condição que tinha colocado para um cessar-fogo permanente e aceitou iniciar negociações", numa altura em que estão a ser relançados os esforços de mediação para chegar a um cessar-fogo.
Aquele responsável, que a France-Presse não identifica, afirmou que o Hamas informou os mediadores que pretendia que fossem implementadas três fases: em primeiro lugar, a entrada em Gaza de 400 camiões de ajuda por dia, depois a retirada do exército israelita do "corredor de Filadélfia e da passagem de Rafah", situados entre o sul de Gaza e o Egito, seguida de uma "fase final" que consistiria na retirada total do território palestiniano.
"A bola está no campo dos israelitas, se eles quiserem chegar a um acordo, então é muito provável que isso aconteça", disse esta fonte, estimando que as conversações poderão demorar "duas a três semanas, (...) se Israel não bloquear as negociações como antes".