O braço armado do grupo islamita Hamas assumiu esta segunda-feira responsabilidade pelo lançamento de projéteis do sul do Líbano contra uma base militar israelita no norte do país, alegado ter sido uma resposta aos ataques em Gaza e na Cisjordânia.
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As brigadas Ezzeldin al-Qassam afirmaram, em comunicado, que atacaram a base no norte de Israel com "uma saraivada concentrada de mísseis", no que descreveram como "uma resposta aos massacres do inimigo sionista em Gaza e ao Cisjordânia", noticiou o jornal palestiniano "Filastin", ligado ao Hamas.
Por seu lado, o exército israelita indicou que, durante o ataque, foram disparados cerca de 20 foguetes, referindo, no entanto, que a maioria foi intercetada e sem avançar informação sobre vítimas, avançou o jornal "The Times of Israel".
O exército israelita e o partido paramilitar xiita Hezbollah - um grupo apoiado pelo Irão - estão envolvidos em confrontos na fronteira comum desde 8 de outubro, dia seguinte aos ataques do Hamas ao território de Israel, que levaram ao início de uma guerra que já dura há mais de seis meses.
Também o braço armado do Hamas e da Jamaa Islamiya - um ramo da organização islâmica radical Irmandade Muçulmana no Líbano - realizaram ataques contra o território israelita durante este período.
A violência na fronteira entre os dois países tem vindo a intensificar-se, sendo que a França e os Estados Unidos têm tentado servir de intermediários para evitar uma guerra em grande escala.
O Hezbollah garantiu, no entanto, em várias ocasiões que só parará os seus ataques se houver um cessar-fogo em Gaza.
Em quase sete meses de violência transfronteiriça, pelo menos 385 pessoas, incluindo 254 combatentes do Hezbollah e 73 civis, foram mortas no Líbano, de acordo com uma contagem divulgada pela agência de notícias francesa AFP.
Do lado israelita, 20 pessoas foram mortas, segundo o exército.