O movimento islamita palestiniano Hamas divulgou, no sábado, um vídeo aparentemente filmado em Nusseirat, no centro da Faixa de Gaza, que mostra dois reféns israelitas a assistirem à libertação de outros três, que tinham sido entregues à Cruz Vermelha.
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O vídeo mostra os dois homens, vestidos com t-shirts castanhas de mangas compridas, a assistirem à libertação dos três reféns a partir de um carro e a implorarem ao primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para os libertar, fazendo um acordo com os raptores.
Os dois homens foram sequestrados em 7 de outubro de 2023, no local do Festival de Música Nova, nos limites da Faixa de Gaza, enclave palestiniano.
As suas famílias autorizaram os meios de comunicação a divulgarem o vídeo.
A associação representante das famílias dos reféns considerou o vídeo uma "demonstração particularmente repugnante de crueldade" e apelou ao Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao primeiro-ministro de Israel para que todos os reféns sejam libertados.
Após o ataque em 7 de outubro de 2023 do Hamas contra território israelita, 251 pessoas foram sequestradas em Israel e levadas para a Faixa de Gaza. Destas, 62 continuam em cativeiro, sendo que pelo menos 35 foram declaradas mortas pelo Exército israelita.
A frágil trégua que entrou em vigor em 19 de janeiro permitiu a libertação de 25 reféns israelitas vivos na primeira fase, que deverá terminar em 1 de março, em troca da libertação de centenas de prisioneiros palestinianos por Israel.
Os últimos seis reféns vivos foram libertados no sábado e, até à meia-noite de domingo (hora local, 22:00 de sábado em Lisboa), Israel ainda não tinha libertado os 620 prisioneiros palestinianos que deveriam ser libertados em troca da devolução dos reféns.
O Hamas denunciou o atraso como uma "violação flagrante do acordo de tréguas".