O movimento libanês Hezbollah afirmou, esta sexta-feira, ter disparado mísseis teleguiados contra soldados israelitas perto de duas aldeias fronteiriças no sul do Líbano, onde as tropas israelitas têm vindo a efetuar incursões terrestres há quase um mês.
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Nos arredores de Adaysseh, os combatentes do Hezbollah dispararam dois "mísseis teleguiados" contra um grupo de soldados israelitas e, em seguida, contra o veículo que os tinha socorrido, declarou o movimento xiita em comunicado.
Um ataque semelhante teve como alvo um tanque perto da aldeia de Hula, antes de os combatentes do Hezbollah abrirem fogo com armas automáticas e dispararem foguetes.
Também hoje, o exército israelita anunciou que três soldados foram mortos em combates no norte da Faixa de Gaza.
Os soldados, que tinham entre 21 e 22 anos, pertenciam ao mesmo batalhão de uma brigada blindada, o 196, "tombaram em combate no norte da Faixa de Gaza", elevando para 361 o número de militares mortos desde o lançamento da operação militar terrestre contra o movimento islamita palestiniano, a 27 de outubro de 2023, 20 dias após o ataque do Hamas a Israel.
Desde o início da ofensiva, no princípio deste mês, no norte do enclave palestiniano, pelo menos 700 palestinianos morreram e milhares foram deslocados, segundo as autoridades de Gaza, controladas pelo movimento islamita Hamas.
Ao mesmo tempo, as forças israelitas confirmaram que estavam a atuar no hospital Kamal Adwan, em Beit Lahia, um dos poucos hospitais que restam no norte da Faixa de Gaza, duramente atingido, e disseram que tinham facilitado a retirada dos pacientes nas últimas semanas.
O exército israelita invadiu hoje o hospital, onde mais de 100 pessoas estão retidas, e pediu aos pacientes que se deslocassem para o pátio central, segundo os meios de comunicação palestinianos, que citam testemunhas.
O Kamal Adwan é um dos poucos centros ainda em funcionamento no norte da Faixa de Gaza.
O Ministério da Saúde do enclave palestiniano, governado pelo grupo islamita Hamas, declarou que a situação no centro "é catastrófica em todos os sentidos da palavra" e que centenas de pacientes, pessoal médico e pessoas deslocadas estão a ser mantidos pelas forças sem alimentos e medicamentos.
Por outro lado, o organismo militar encarregado da gestão dos assuntos civis em Gaza (COGAT) disse hoje que na noite de quinta-feira facilitou a transferência de 23 pacientes, na sua maioria menores, de Kamal Adwan para outros hospitais na Faixa de Gaza e que o centro recebeu combustível e 180 unidades de sangue para transfusões.
Israel afirma ter matado mais de 200 combatentes na sua nova ofensiva no norte do enclave e ter supervisionado a retirada de mais de 45.000 civis palestinianos.