A ex-candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, assegurou, esta sexta-feira, que perdeu as eleições presidenciais nos Estados Unidos devido a um ataque informático russo e à reabertura da polémica dos e-mails pelo FBI.
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Segundo uma gravação divulgada, esta sexta-feira, pelo "The New York Times", Hillary Clinton, que perdeu as eleições para o republicano Donald Trump, disse que a sua derrota ficou a dever-se, em parte, a "uma vingança" do Presidente russo, Vladimir Putin, contra si.
Nas declarações, a democrata atribuiu o seu fracasso a "fatores sem precedentes", que, considerou, "não podem ser ignorados".
Hillary Clinton disse que a carta do diretor do FBI - a polícia federal norte-americana -, que, a uma semana das eleições, reabriu a polémica da utilização indevida do seu e-mail pessoal para tratar de assuntos internos do Estado enquanto era secretária de Estado, foi um dos fatores que modificou os votos em estados-chave como a Flórida e a Carolina do Norte.
"Creio que isso fez diferença no resultado", salientou Hillary Clinton na gravação a que o jornal nova-iorquino teve acesso.
Outro fator que contribuiu para a sua derrota, segundo a ex-candidata, foi um "'complot' sem precedentes dos russos", algo que, disse, "deveria preocupar todos os norte-americanos".
Hillary Clinton assegurou que o ataque cibernético não foi só contra a sua campanha, mas "contra o país" e pediu uma investigação de fundo do Congresso, porque o "público necessita de saber o que se passou e para prevenir novos ataques".
Os Estados Unidos têm fortes indícios de que piratas informáticos russos se infiltraram no correio eletrónico pessoal da campanha de Hillary Clinton e do Partido Republicano com a intenção de expor a estratégia e supostos conflitos de interesses.