O presidente francês, François Hollande, confirmou que o avião da EgyptAir que fazia a ligação entre Paris e o Cairo se despenhou sobre o mar Mediterrâneo e anunciou a abertura de um inquérito.
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"Temos de garantir que sabemos tudo quanto às causas do que aconteceu. Nenhuma hipótese está excluída ou favorecida", disse François Hollande, numa declaração divulgada na televisão.
O presidente francês acrescentou: "Uma vez que tenhamos a verdade, teremos de tirar todas as conclusões, quer se trate de um acidente ou outra hipótese que possamos ter em mente, como uma hipótese terrorista".
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As informações recolhidas até agora permitiram confirmar que "o avião caiu e desapareceu", declarou Hollande, mencionando a presença de 66 pessoas a bordo, entre as quais 15 franceses.
O chefe de Estado francês transmitiu a sua "compaixão e solidariedade" às famílias das vítimas e que estas têm à disposição um gabinete de crise, que foi "imediatamente acionado".
Hollande afirmou ainda que França está em contacto com as autoridades gregas e egípcias para enviar aviões e barcos que possam participar na busca do aparelho.
Um avião da EgyptAir, que voava de Paris para o Cairo, despenhou-se no Mediterrâneo esta quinta-feira de madrugada. A bordo seguiam 66 pessoas a bordo, entre as quais um português, informação já confirmada pela secretaria de Estado das Comunidades. A maioria dos passageiros e tripulação eram egípcios (30) e franceses (15).
No avião, que voava de Paris para o Cairo, viajavam também dois iraquianos, um britânico, um belga, um kuwaitiano, um saudita, um sudanês, um chadiano, um argelino e um canadiano.
Uma fonte aeroportuária grega disse entretanto que o aparelho despenhou-se ao largo da ilha grega de Karpathos, no Mediterrâneo.
Num comunicado divulgado através das redes sociais, a EgyptAir informou que o voo 804, do avião Boeing 737-800, partiu do aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, na quarta-feira à noite, e devia chegar ao aeroporto internacional do Cairo esta quinta-feira de madrugada.
O avião desapareceu dos radares depois de entrar no espaço aéreo egípcio, segundo a companhia aérea.
Neste momento decorrem operações de busca no Mediterrâneo, envolvendo as Forças Armadas egípcias e meios da Grécia.