O presidente francês, François Hollande, anunciou esta quarta-feira a suspensão do corte de 10 mil postos nas forças armadas, bem como a decisão de criar 800 postos adicionais ao longo dos próximos três anos para responder à ameaça terrorista.
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A medida presidencial, anunciada após uma reunião do Conselho de Defesa e Segurança, cancela o programa de cortes que estava previsto para o triénio 2017-2019, no âmbito da lei de planeamento militar.
Segundo a Presidência francesa, Hollande decidiu igualmente aumentar os efetivos da área da Defesa, com a criação de cerca de 800 postos adicionais durante os próximos três anos.
Estes novos postos serão criados "em benefício das unidades operacionais e de ciberdefesa", precisou o Eliseu, num comunicado.
Três dias após os atentados terroristas de 13 de novembro de 2015 que fizeram 130 mortos e centenas de feridos em Paris e Saint-Denis, François Hollande declarou diante do parlamento reunido em Versalhes que "não existiria qualquer diminuição de efetivos na Defesa até 2019".
O chefe de Estado e as forças armadas argumentaram então que os operacionais das forças armadas francesas eram "cada vez mais solicitados para operações exteriores", bem como necessários para "a segurança dos compatriotas" no território nacional.
"Esta reorganização das nossas forças armadas será feita em benefício das unidades operacionais, da ciberdefesa e dos serviços de informação", precisou na altura o Presidente francês.
Após os atentados de janeiro (contra o jornal satírico Charlie Hebdo) e de novembro de 2015, o exército francês mobilizou 7.000 a 10.000 homens em permanência no território nacional, na operação designada como "Sentinela".
As operações "Barkhane" na região do Sahel e "Chammal" no Iraque e Síria mobilizam, cada uma, 3.000 a 3.500 operacionais.