Um australiano, Peter Gerard Scully, foi condenado a 129 anos de prisão nas Filipinas como parte de um caso de abuso sexual infantil envolvendo vítimas de até 18 meses. Esta é já a segunda condenação de Peter Gerard Scully, que cumpre pena de prisão perpétua por uma série de acusações envolvendo violação e tráfico de menores.
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A sentença foi emitida, na passada quarta-feira, contra Peter Gerard Scully e mais três arguidos que foram condenados por 60 crimes, incluindo tráfico, pornografia infantil, abuso sexual de crianças e violação.
A condenação envolveu sete vítimas, incluindo uma menina de 18 meses e uma criança cujo corpo foi enterrado sob o chão de uma casa alugada por Peter Gerard Scully.
A namorada do australiano, Lovely Margallo, foi condenada a 126 anos de prisão e os restantes arguidos receberam sentenças de mais de nove anos.
O homem já tinha sido preso em 2015, noutra cidade do sul das Filipinas, por montar um negócio, filmando adolescentes de famílias pobres, enquanto violava as raparigas ou usava brinquedos sexuais. Os vídeos teriam sido vendidos para clientes da Alemanha, Estados Unidos e Brasil, de acordo com a agência de notícias AFP.
Também em 2011 terá escapado do seu país de origem, na Austrália, por acusações de fraude.
Merlynn Barola-Uy, procurador regional da cidade de Cagayan de Oro, no sul do país, espera que "isto envie uma mensagem muito forte a todos os abusadores, todos os traficantes de seres humanos, de que o crime realmente não compensa".
O Fundo das Nações Unidas para a Infância disse, em 2021, que as Filipinas tornaram-se uma das principais fontes globais de materiais de abuso sexual infantil, potenciadas pela pobreza.