Redoine Faïd foi protagonista de uma fuga espetacular da prisão: saiu de helicóptero com a ajuda de homens armados. Era o homem mais procurado de França. Foi capturado na segunda-feira e surgiram novos detalhes sobre o caso.
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Faïd foi detido na sua cidade natal, em Créil. Esteve foragido cerca de três meses. A Polícia francesa descobriu que sempre que saía de casa, disfarçava-se com uma burca. Mas, apesar de estar tapado da cabeça aos pés, "tinha aspeto de que poderia ser um homem", precisou o Procurador de Paris, François Molins.
Além da pista da burca, os investigadores conseguiram capturar o recluso graças a uma escuta telefónica, que permitiu uma localização geográfica, na qual eram combinados encontros para entregar dinheiro.
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A operação de captura, na madrugada de segunda-feira, envolveu envolveu 120 agentes. Antes disso, durante os últimos três meses, 50 agentes trabalharam na investigação.
O recluso fugiu da penitenciária de Réau, na região de Paris, a 1 de julho. Esta foi a segunda vez que Faïd se evadiu de uma prisão, depois de, em 2013, ter fugido da penitenciária de Lille-Séquedin, no norte de França, na qual utilizou explosivos.
A ministra da Justiça francesa, Nicole Belloubet, garantiu que Faïd será encaminhado agora para uma prisão de alta segurança "com vigilância extremamente rígida".
Redoine Faïd, de 46 anos, foi condenado em segunda instância em abril a 25 anos de prisão por um assalto fracassado na região de Paris, em 2010, em que uma agente da polícia municipal, Aurélie Fouquet, foi morta.
Em 2017, foi condenado a dez anos de prisão pela evasão da prisão Lilli-Séquedin e a 18 anos de prisão pelo ataque a uma carrinha de transporte de valores no norte de França em 2011. Na década de 1990, liderou um gangue envolvido em roubos a bancos e a carrinhas de transporte de valores, sendo o "gangster " mais conhecido em França.