O homem que apoiou os pés numa mesa no escritório da ex-presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos Nancy Pelosi, durante o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021, foi acusado por oito crimes.
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Um júri acusou por unanimidade Richard "Bigo" Barnett, um homem do Arkansas, em todas as oito incriminações, incluindo desordem civil e obstrução de um processo oficial. Barnett também enfrenta uma acusação de entrar e permanecer num edifício ou terreno restrito com uma arma mortal ou perigosa - um taser escondido numa bengala dobrável.
O arguido deve conhecer a sentença apenas em maio.
Os procuradores tentam decretar pena de prisão para o homem enquanto espera pela condenação, mas o juiz negou a solicitação. Barnett vai permanecer em liberdade sob certas condições.
O acusado, de 62 anos, disse numa audiência em tribunal na passada quinta-feira que estava à procura de um casa de banho quando entrou de forma involuntária no escritório de Pelosi e encontrou dois fotojornalistas.
O homem referiu que um dos fotógrafos lhe disse para "agir com naturalidade", sentando-se numa cadeira e apoiando as pernas na mesa.
"Eu estava apenas a seguir a torrente naquele momento", indicou.
Vídeos apoiam o depoimento de Barnett de que uma multidão o empurrou para dentro do Capitólio, fazendo-o cair de joelhos brevemente.
"Não temos escolha", gritou repetidamente ao entrar no Capitólio.
Depois de a polícia ter ordenado para saísse do escritório de Pelosi, Barnett apercebeu-se que havia deixado a sua bandeira dos Estados Unidos para trás. O vídeo da câmara corporal capturou Barnett a gritar com um polícia a pedir ajuda para recuperar a bandeira.
Barnett é um bombeiro reformado de Gravette, no Arkansas.
O homem disse lamentar ter ido a Washington para participar no comício "Stop the Steal", onde o então presidente Donald Trump se dirigiu a uma multidão de apoiantes.
"Dois anos de vida perdida. Miséria para a minha família", disse.
Mais de 940 pessoas foram acusadas de crimes federais relacionados com o ataque de 06 de janeiro de 2021, das quais 500 declararam-se culpadas. Barnett é uma das dezenas de réus do ataque ao Capitólio cujo caso foi a julgamento.