Um tribunal militar de Moscovo condenou hoje um ucraniano a 22 anos de prisão pelo ataque a uma infraestrutura ferroviária no ano passado, alegadamente a pedido dos serviços secretos da Ucrânia.
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Sergei Belavin, que também tem nacionalidade russa, foi ainda condenado ao pagamento de uma multa de 800 000 rublos (cerca de 8000 euros).
O ataque em julho de 2022 na região de Bryansk, que faz fronteira com o norte da Ucrânia, danificou um comboio de transporte de mercadorias, que viajava desde a Bielorrússia, e os caminhos-de-ferro.
Este russo-ucraniano foi condenado por terrorismo e aquisição, fabrico, transporte e armazenamento ilegal de explosivos, noticiou a agência Associated Press (AP).
Belavin, que vive na cidade de Sloviansk, na província de Donetsk, no leste da Ucrânia, realizou o ataque perto da vila de Robchik em nome dos serviços de inteligência militar ucraniana, sublinhou o comité de investigação da Rússia.
Este comité referiu que Belavin foi recrutado em 2019 pelas secretas ucranianas, tendo recebido treino na Ucrânia para participar de atividades terroristas.
Sergei Belavin "ganhou habilidades no manuseio de explosivos e dispositivos explosivos controlados por rádio, conhecimento de táticas de inteligência, conspiração, recolha e transmissão de informações", acrescentou.
Em maio, dois ataques a infraestruturas ferroviárias em dias consecutivos descarrilaram comboios de mercadorias na região de Bryansk, que também foi alvo de bombardeamentos esporádicos na fronteira, na sequência da invasão russa da Ucrânia.
A Ucrânia tem realizado vários atos de sabotagem na Crimeia nas últimas semanas, incluindo uma explosão na ponte que liga a península anexada pela Rússia ao continente, que causou dois mortos.
Moscovo acusa Kiev de "terrorismo internacional" por estes ataques, realizados principalmente com drones, que também chegaram à capital russa esta semana.