Homem que morreu em explosão em frente a clínica de fertilidade nos EUA era o fabricante da bomba
O homem que morreu na explosão de uma bomba, no sábado, em frente a uma clínica especializada em tecnologia de reprodução assistida (TRA) na Califórnia foi quem construiu o artefacto explosivo, anunciaram os investigadores, este domingo, destacando a suas "crenças niilistas".
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"Estamos bastante certos de que se trata de Guy Edward Bartkus, de 25 anos", declarou Akil Davis, diretor do gabinete do FBI em Los Angeles, durante uma conferência de imprensa. "Acreditamos que o corpo encontrado perto dos destroços do automóvel seja dele", acrescentou.
Os investigadores ainda estão no local da explosão, ocorrida na manhã de sábado por volta das 11 horas locais (19 horas em Portugal continental), em frente a uma clínica em Palm Springs, a cerca de três horas de carro a leste de Los Angeles.
A violenta explosão danificou vários prédios e deixou quatro pessoas com ferimentos leves, que já receberam alta.
O motivo do ataque de Bartkus, que não tinha antecedentes criminais, ainda não está claro.
"Ele tinha ideias niilistas, e este foi um ataque direcionado contra as instalações desta clínica especializada em reprodução assistida. Não se enganem, estamos a tratar este caso como um ato terrorista intencional", afirmou Davis.
Os investigadores estão à procura de uma possível carta de reivindicação de responsabilidade e acreditam que o autor do atentado poderia ter tido a intenção de transmitir o ataque ao vivo pela Internet.
O artefacto explosivo estava no carro do suspeito, e a detonação foi extremamente violenta, lançando destroços a mais de 200 metros de distância. "Provavelmente trata-se de uma das maiores investigações sobre atentados com bomba que já tivemos no sul da Califórnia", acrescentou Davis. "Os destroços foram lançados a dezenas de metros de altura, a vários quarteirões de distância. Imaginem o quão poderoso era o artefacto explosivo."
O FBI também possui informações sobre os movimentos do suspeito antes da sua chegada à clínica, mas fez um apelo a testemunhas para recolher mais dados. "A cidade está segura; não existe mais nenhuma ameaça decorrente deste incidente", garantiu o chefe de polícia de Palm Springs, Andrew Mills.