Um homem na casa dos 50 anos foi detido pela polícia espanhola na segunda-feira, em Oviedo, depois de terem sido encontrados os restos mortais, já decompostos, da mãe. A mulher de 73 anos estava desaparecida desde antes da pandemia de covid-19. Os vizinhos alertaram a polícia para o mau cheiro que vinha da casa.
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O caso chocou a comunidade do bairro de La Corredoria, em Oviedo, Espanha. Na segunda-feira, pelas 20 horas, a polícia deteve José, como foi identificado, no apartamento onde vivia com a mãe há anos naquele bairro. A mulher de 73 anos, conhecida como "Tina", já estaria morta há meses, mas não era vista desde antes da pandemia de covid-19, em 2020, segundo noticiou o jornal "El Mundo", citando a agência de notícias espanhola Efe.
Na sexta-feira, a polícia tentou entrar na casa, após denúncias de mau cheiro pelos vizinhos, mas José recusou, alegando que só os deixaria entrar mediante ordem judicial. Os polícias foram embora, mas regressaram na segunda-feira com um mandado de busca.
Quando arrombaram a porta, encontraram José nervoso. Questionado sobre a mãe, respondeu com uma série de contradições: primeiro disse que tinha partido para Portugal há um mês, depois mudou a história e disse que afinal estava no hospital.
Segundo o portal "Asturias Mundial", testemunhas aterrorizadas no local, quando os peritos forenses retiraram os restos mortais da casa, terão dito que a mulher parecia ter sido desmembrada. José era conhecido na comunidade pelo seu comportamento estranho e raramente era visto fora de casa.
Além dos restos mortais da mãe, a polícia encontrou ainda muitos animais maltratados. No pequeno apartamento viviam 11 cães e 13 gatos, dos quais dois já estavam mortos, refere o jornal "La Nueva España".
O caso está atualmente sob investigação pela Polícia Científica espanhola e aguarda os resultados da autópsia para determinar a causa da morte da mulher. Os animais sobreviventes foram levados para um abrigo.