Os hospitais chineses registaram 83.150 mortes causadas pela covid-19, entre 8 de dezembro, altura em que começou a desmantelar a estratégia "zero covid", e 9 de fevereiro.
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Cerca de 90% das mortes foram causadas pelo agravamento de uma doença subjacente combinada com a infeção pelo novo coronavírus, detalhou o Centro de Controlo de Doenças (CDC) da China.
As restantes mortes ocorreram sobretudo por insuficiência respiratória causada pelo coronavírus, que se espalhou rapidamente pelo país durante dezembro e janeiro, após Pequim ter posto fim a quase três anos da política de "zero casos" de covid-19.
O CDC informou, na semana passada, que o número de mortes por covid-19 em clínicas no país caiu 97,6% até 6 de fevereiro, face ao pico de 4.273 óbitos registado em 4 de janeiro.
O número de internamentos devido a infeção pela covid-19 atingiu o pico de 1,6 milhões, em 5 de janeiro, quando começou a cair, até atingir 60 mil, em 6 de fevereiro.
No âmbito da política de "zero casos" de covid-19, várias cidades chinesas foram submetidas a rigorosos bloqueios e impuseram um regime de testes obrigatórios para toda a população.
O levantamento das restrições ocorreu após protestos em larga escala, realizados em várias cidades da China. Alguns dos manifestantes gritaram palavras de ordem contra o Partido Comunista e o líder chinês, Xi Jinping, que assumiu a estratégia "zero covid" como um trunfo político e prova da superioridade do modelo de governação autoritário da China, após o país conter com sucesso os surtos iniciais da doença.