
Ataques dos EUA contra o Iémen causaram mais de 50 mortos
Foto: YAHYA ARHAB/EPA
Os rebeldes Huthis do Iémen reivindicaram, esta quarta-feira, a responsabilidade por uma operação militar contra o porta-aviões USS Harry Truman e outros navios de guerra considerados inimigos no Mar Vermelho, em resposta aos ataques ao território iemenita.
Este será o sexto ataque que visa o USS Harry Truman desde o início da campanha de bombardeamento contra o país ordenada pelo presidente dos EUA, Donald Trump.
"Mísseis, drones e forças navais realizaram uma operação militar conjunta visando navios de guerra inimigos no Mar Vermelho nas últimas horas, liderada pelo porta-aviões USS Harry Truman, de onde a agressão contra nosso país está a ser lançada", disse o porta-voz militar huthi, Yahya Sarea, numa declaração emitida pela televisão.
Sarea afirmou que o confronto durou várias horas e ocorreu depois de as forças aéreas terem atacado “alvos militares israelitas na área ocupada de Yafa (Telavive)" com vários drones, numa "operação que atingiu os seus objetivos com sucesso".
O porta-voz dos Huthis afirmou que continuarão a bloquear a navegação israelita na área e manterão as operações até que o conflito na Faixa de Gaza termine.
O movimento insurgente apoiado pelo Irão lançou centenas de ataques contra Israel, bem como contra navios comerciais nos mares Vermelho e Arábico, desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro de 2023.
Embora tenham cessado as ações com a entrada em vigor do cessar-fogo entre Israel e o grupo islâmico palestiniano Hamas, em meados de janeiro, quando Israel rompeu o acordo de trégua, os Huthis anunciaram a retoma dos ataques para pressionar o governo do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu a levantar o cerco ao enclave.
Em retaliação, os EUA têm vindo a realizar operações militares aéreas no Iémen há dias, deixando mais de 50 mortos e vários feridos.
