O iate "Bayesian", que naufragou na Sicília em agosto, matando o magnata britânico da tecnologia Mike Lynch e outras seis pessoas, vai ser içado e trazido para a costa no próximo mês, disse um investigador esta terça-feira.
Corpo do artigo
O iate de luxo de 56 metros foi atingido por uma tempestade antes do amanhecer, a 19 de agosto, quando estava ancorado em Porticello, perto de Palermo, e afundou em poucos minutos, matando Lynch, a sua filha de 18 anos, Hannah, e outras cinco pessoas.
Lynch, o fundador de 59 anos da empresa de software Autonomy, convidou amigos e familiares para o barco para celebrar a sua recente absolvição num grande caso de fraude nos EUA.
Os inquéritos às mortes de Lynch e das outras três vítimas britânicas estão a ser realizados em Ipswich, no leste de Inglaterra.
Simon Graves, investigador principal do Marine Accident Investigation Branch (MAIB), uma organização do governo britânico que investiga acidentes marítimos que envolvem navios britânicos em todo o Mundo, disse numa audiência pré-inquérito que o Bayesian será içado e deverá estar em terra firme até ao final de maio. A operação de recuperação deverá começar a 26 de abril.
Os inquéritos foram abertos e adiados em outubro passado, aguardando a conclusão das investigações por parte dos investigadores do Reino Unido e de um inquérito criminal por parte dos procuradores italianos.
Graves disse que um relatório provisório do MAIB sobre se houve alguma violação da legislação marítima poderá ser publicado online dentro de quatro a seis semanas, com o relatório final a ser publicado dentro de "meses, não semanas".
O médico legista Nigel Parsley disse estar "nas mãos das investigações criminais" quanto à definição de quando poderia ser definida uma data final de audiência de inquérito.
Estavam 22 passageiros a bordo, incluindo 12 tripulantes e 10 convidados, quando o iate naufragou. O inquérito no Reino Unido está a examinar as mortes de Lynch e da filha, Hannah, de 18 anos, bem como do presidente do banco Morgan Stanley International, Jonathan Bloomer, de 70 anos, e da sua mulher Judy Bloomer, de 71 anos, que também eram cidadãos britânicos. Morreram também o advogado norte-americano Chris Morvillo e a sua mulher Neda Morvillo, e o cidadão canadiano-antiguano Recaldo Thomas, que trabalhava como chef no iate.
Angela Bacares, mulher de Lynch e mãe de Hannah, está entre os 15 sobreviventes.