Mais de duas dezenas de crianças, oriundas da América Latina, foram vítimas de abuso sexual e maus tratos em casas de acolhimento dos Estados Unidos.
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Segundo uma investigação da Associated Press, os menores chegaram sozinhos aos Estados Unidos, fugindo da violência nos seus países. As crianças terão sofrido abusos e maus tratos depois de serem identificadas e realojadas em centros de acolhimento.
A mesma investigação concluiu que o Administração para Crianças e Famílias do Departamento de Saúde fez os procedimentos mínimos para avaliar as pessoas a quem os menores foram entregues. Não foram recolhidas impressões digitais, nem verificadas as identidades.
No refúgio para crianças Saint Peter Saint Joseph, em Santo Antonio, por exemplo, não era revelado qual dos edifícios albergava crianças da América Latina que passaram a fronteira ilegalmente, por medo que as organizações criminosas chegassem a elas.
A crise de menores sem documentos nos Estados Unidos começou em 2014, quando uma enorme vaga chegou ao país. O Departamento de Saúde não estava preparado para lidar com os cerca de 89 mil menores que entraram no país, segundo a investigação da Associated Press.
Atualmente, membros do congresso dos Estados Unidos estão a questionar se o Departamento de Saúde é a agência governamental indicada para lidar com estes processos. O senador Ohio Rob Portman, presidente do Comité de Investigações, realizará uma audiência esta quinta-feira sobre o programa.