O Grand Canyon, um dos parques naturais mais famosos do oeste dos Estados Unidos, sofre há um mês com um incêndio florestal fora de controlo, que se tornou o maior do ano no país e devastou quase 50 mil hectares.
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O incêndio, provocado por um raio em 4 de julho, Dia da Independência dos Estados Unidos, é combatido dia e noite, por terra e ar, por mais de mil bombeiros.
"Apesar de haver uma humidade relativa de apenas 4%, conseguiram conter ao mínimo o avanço do incêndio", declarou o comando dos bombeiros do estado do Arizona (sudoeste) num comunicado nesta segunda-feira.
Segundo o site do governo InciWeb, que monitoriza os incêndios em todo o país, o chamado Dragon Bravo, descrito como um "mega-incêndio", só foi controlado em 13% e é provável que se expanda nos próximos dias devido ao clima extremamente seco e quente no estado do Arizona.
Este já é o maior incêndio florestal do ano nos Estados Unidos, com mais de 49.700 hectares queimados desde segunda-feira.
O Parque Nacional do Grand Canyon é visitado anualmente por cerca de 4,5 milhões de turistas americanos e estrangeiros.
As autoridades do parque, onde há um mês uma enorme coluna de fumo paira sobre o imenso desfiladeiro avermelhado talhado pelo rio Colorado, retiraram da zona mais sensível cerca de 500 turistas e funcionários em julho.
O incêndio Dragon Bravo não deixou vítimas. Mas, segundo as autoridades, destruiu entre 50 e 80 estruturas na Borda Norte, incluindo a Cabana do Grand Canyon, popular entre os turistas, reconstruída nos anos 1930, após ter sido consumida por um incêndio e declarada monumento histórico em 1987.
A gestão dos incêndios florestais é um tema especialmente sensível este ano, pois o presidente Donald Trump, que voltou ao poder em janeiro passado, impôs importantes cortes orçamentais e demissões no Serviço Florestal, na Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (Noaa) e na Fema, a agência federal de gestão de desastres.