A influencer brasileira Fernanda Santos e o marido espanhol Vicente Barbera foram atacados por sete homens na Índia. A brasileira disse ainda ter sido vítima de uma violação coletiva na noite da última sexta-feira, no distrito de Dumka, na Índia.
Corpo do artigo
De acordo com o portal brasileiro "G1", o casal estava a fazer uma viagem de mota até ao Nepal e decidiu acampar em Dumka, onde foi atacado pelo grupo durante a noite.
Nas redes sociais, onde partilham com mais 251 mil seguidores as suas viagens, Fernanda Santos e Vicente Barbera deram detalhes sobre o ataque. "Aconteceu algo que não desejo a ninguém. Sete homens violaram-me, bateram-nos e roubaram-nos, apesar de não levarem muitas coisas porque o que queriam era violar-me. Estamos no hospital com a polícia", disse a influencer brasileira de 28 anos.
O casal mostrou também os ferimentos causados pelo ataque. "Bateram-me com o capacete várias vezes e com uma pedra na cabeça. Graças a Deus, ela [Fernanda] tinha um casaco vestido e isso amorteceu um pouco os golpes", continuou Vicente.
Fernanda e Vicente sublinharam ainda que não querem que as pessoas tenham uma má impressão sobre o povo indiano por causa do que lhes aconteceu. “Não pensem que a Índia é assim, porque não é verdade. A Índia é um país com muitas pessoas boas e que como todos os países tem o seu lado bom e mau”, disse o casal.
As vítimas receberam atendimento médico e denunciaram o crime às autoridades policiais, que identificaram os autores do crime. Segundo a polícia, quatro suspeitos já foram detidos e os outros três continuam em fuga.
Numa nota enviada ao "G1", a embaixada brasileira em Nova Deli garantiu que "continuará à disposição para prestar toda a assistência cabível e acompanhar todos os desdobramentos do caso, em estreita coordenação com as autoridades espanholas e indianas".
As conversas sobre a violação e violência sexual tornaram-se mais proeminentes na Índia depois de a violação coletiva e o assassinato de uma jovem num autocarro na capital indiana, em 2012, terem causado enormes protestos e mudanças nas leis do país. No entanto, dezenas de milhares de violações são denunciadas todos os anos e os ativistas asseguram que ainda há um longo caminho a percorrer para resolver o problema.