Influenciador acusado de tráfico de seres humanos Andrew Tate deixou a Roménia e foi para os EUA
O influenciador Andrew Tate e o irmão Tristan, acusados de tráfico de seres humanos e violação na Roménia, partiram para os EUA esta quinta-feira. Apesar da proibição de sair do país, sabe-se que os EUA abordaram o caso junto do Governo romeno, apesar de não se saber se a viagem será resultado da pressão diplomática.
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Os procuradores romenos alegam que o antigo kickboxer Tate, de 38 anos, o seu irmão, de 36 anos, e duas mulheres criaram uma organização criminosa no início de 2021, na Roménia e na Grã-Bretanha, e exploraram sexualmente várias vítimas. Os irmãos afirmam estar inocentes. Andrew Tate mudou-se para a Roménia há anos, depois de ter começado um negócio de transmissões pornográficas online no Reino Unido.
Conhecido por estar envolvido em várias controvérsias online, Andrew Tate participou, em 2016, no reality show britânico “Big Brother”, mas foi afastado depois de ter surgido um vídeo que o mostrava a atacar uma mulher. Em seguida, voltou-se para as plataformas das redes sociais para promover as suas opiniões polémicas e misóginas, tornando-se um dos mais conhecidos influenciadores digitais do Mundo.
Tate, cidadão americano e britânico com dupla nacionalidade, enfrenta várias acusações na Roménia, incluindo tráfico e relações sexuais com menores, bem como lavagem de dinheiro e organização de um grupo criminoso, acusações que ele nega. De acordo com o Financial Times, a administração do presidente dos EUA, Donald Trump, abordou o seu caso com as autoridades romenas na semana passada, pedindo a Bucareste que devolvesse os passaportes a Tate e ao irmão.
O primeiro-ministro romeno Marcel Ciolacu afirmou que os Estados Unidos “não fizeram qualquer pedido” sobre a “situação legal” dos irmãos, mas o ministro dos Negócios Estrangeiros, Emil Hurezeanu, confirmou que o enviado de Trump, Richard Grenell, abordou o caso de Tate com ele na Conferência de Segurança de Munique. O advogado das vítimas no Reino Unido, Matthew Jury, disse que achava “o desenvolvimento, se verdadeiro, igualmente bizarro e ultrajante”.
Um tribunal romeno tinha aceitado um pedido britânico de extradição dos Tate, mas só depois de concluído o processo judicial na Roménia.