A magistrada que presidiu ao inquérito judicial realizado à morte de 52 pessoas, nos atentados de 7 de Julho de 2005, em Londres, declarou que estas foram ilegais, após cinco meses de audições.
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A sentença foi declarada, esta sexta-feira, pela juíza Heather Hallett no Tribunal Superior (High Court) em Londres, na presença de muitos familiares das vítimas das explosões registadas em três metropolitanos e um autocarro.
O inquérito concluiu que não há evidências de que qualquer falha institucional ou humana "causou ou contribuiu para estas mortes".
A magistrada salientou a "dignidade silenciosa" das famílias durante os quase seis anos de espera por este inquérito para descobrir "o que aconteceu, como morreram os seus próximos e se as suas mortes poderiam ter sido evitadas".
Heather Hallett anunciou ainda que iria fazer uma série de recomendações que "podem salvar vidas" no futuro, nomeadamente sobre a actuação dos serviços de emergência na reacção a este tipo de eventos.
Todavia, adiantou que estaria limitada no tipo e detalhe das recomendações, devido aos poderes que lhe são dados neste tipo de inquérito judicial.
Durante o inquérito foram ouvidas mais de 700 testemunhas, bem como sobreviventes dos atentados e membros das forças de segurança e socorro.
Além das 52 vítimas, morreram nos atentados os quatro terroristas suicidas e ficaram feridas mais 700 pessoas.