Instituto debaixo de fogo após filho do presidente finlandês ter sido escolhido para estágio
As alegações de que o filho do presidente finlandês, Alexander Stubb, recebeu tratamento preferencial para conseguir um estágio num instituto de investigação ligado ao parlamento geraram uma série de queixas a organismos governamentais, disseram as autoridades na quarta-feira.
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A Provedoria Parlamentar da Finlândia informou a AFP que recebeu 10 queixas sobre a decisão de conceder a Oliver Stubb, de 21 anos, um estágio de três meses no Instituto Finlandês de Relações Internacionais (FIIA). O Chanceler da Justiça informou ter recebido duas.
Os meios de comunicação finlandeses revelaram em junho que o jovem tinha conquistado a nomeação em detrimento de candidatos mais experientes.
A emissora pública ”Yle” noticiou na quarta-feira que, dos últimos 11 estagiários nomeados para o FIIA desde 2020, era um dos dois únicos estudantes de licenciatura.
O jornal “Ilta-Sanomat” tinha noticiado anteriormente que os outros cinco candidatos entre os primeiros classificados para o estágio deste ano tinham mais experiência profissional do que Stubb. Porém, o coordenador do programa, Harri Mikkola, disse ao tablóide, na altura, que Stubb tinha sido escolhido pela "sua motivação".
Quando Stubb se candidatou, estava a estudar política, filosofia e economia na Universidade de Exeter, no Reino Unido. A FIIA já tinha descartado candidatos que estudassem em instituições do Reino Unido ou dos EUA, mas a investigação da Yle mostrou que o responsável de recursos humanos do instituto tinha incentivado Stubb a candidatar-se depois de os contactar.