Aviões não tripulados (drones) norte-americanos aproximaram-se de uma zona onde decorriam manobras militares no Irão, perto do Estreito de Ormuz, e partiram após um aviso do exército da República Islâmica.
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Iniciadas no domingo, as manobras foram uma mensagem a "quem revela más intenções para com o Irão", segundo a assessoria de imprensa desta operação, referindo-se aos Estados Unidos.
"Drones americanos, MQ-9 (conhecido como Reaper) e RQ4 + (conhecido como Global Hawk) aproximaram-se da área onde os exercícios conjuntos Zolfaghar 1400 estavam a decorrer", informou a agência oficial iraniana Irna, sem esclarecer o momento quando o incidente ocorreu e apenas adiantando que os aviões não tripulados mudaram de curso após o aviso.
As manobras militares terminaram esta terça-feira com um desfile, que inclui a presença de navios de guerra, incluindo submarinos, segundo a televisão estatal.
A operação teve início dias depois de os Guardas da Revolução, o exército ideológico da República Islâmica, ter anunciado que tinham frustrado uma tentativa por parte dos Estados Unidos de apreender um petroleiro carregado com petróleo iraniano no Mar da Arábia, perto de Ormuz.
Washington negou esta versão dos acontecimentos, esclarecendo que os seus navios nunca tiveram qualquer intenção de fazer apreensões.
Esta não é a primeira vez que o Irão reporta um alerta contra drones norte-americanos que se aproximam do seu espaço aéreo.
Nos últimos anos, a região do Golfo, o Mar da Arábia e o Estreito de Ormuz foram palco de vários incidentes entre a República Islâmica e os Estados Unidos.
A tensão atingiu o pico em junho de 2019, quando o Irão anunciou que tinha abatido um drone dos EUA que alegadamente violara o seu espaço aéreo, o que Washington negou.