Os Guardiões da Revolução, um corpo especial das Forças Armadas iranianas, divulgaram este domingo ter abatido um drone (aparelho aéreo não tripulado) israelita que sobrevoava o complexo de enriquecimento de urânio de Natanz (centro do Irão).
Corpo do artigo
"Um drone de espionagem do regime sionista foi abatido por um míssil (...). Este drone furtivo tentava aproximar-se da área nuclear de Natanz", afirmou o corpo de elite das forças iranianas num comunicado publicado na sua página oficial na Internet.
"Esta ação mostra mais uma vez o espírito temerário do regime sionista (...), os Guardiões da Revolução e outras forças armadas reservam o direito de responder a esta ação", acrescentou o mesmo texto.
O complexo de Natanz é o principal local de enriquecimento de urânio no Irão, onde estão instalados mais de 16 mil centrifugadores. Outros três mil centrifugadores estão no complexo de Fordoo, localizado numa zona montanhosa e de difícil acessibilidade.
Israel já ameaçou por diversas ocasiões atacar as instalações nucleares iranianas.
O Irão e as grandes potências do grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, China e Alemanha) firmaram um acordo provisório de seis meses, que levou o regime de Teerão a suspender parte das suas atividades nucleares em troca de uma suspensão parcial das sanções internacionais.
Em julho último, este acordo foi prolongado em quatro meses, até 24 de novembro, dando assim mais tempo para as partes negociarem um acordo definitivo e acabar com uma crise que dura há cerca de uma década.
O enriquecimento do urânio é uma questão que continua a dividir as duas partes.
Reconhecido inimigo do Irão, Israel rejeita qualquer acordo que permita o regime iraniano manter um programa de enriquecimento de urânio, afirmando que Teerão poderá utilizar o programa para fabricar armas atómicas.
O regime iraniano sempre recusou tal acusação, salientando o caráter civil e pacífico do programa.