O secretário geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, avisou hoje, sábado, que os países que pertencem à organização vão proteger-se se forem ameaçados pela continuação do programa nuclear iraniano.
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"Se o Irão continua a prosseguir com o aumento da sua capacidade nuclear, sobretudo no domínio do armamento em mísseis, os países da OTAN podem estar ameaçados", afirmou Rasmussen numa entrevista ao jornal 'Corriere della Sera'.
"Quando chegar o momento, nós tomaremos todas as decisões necessárias para proteger as nações da aliança", acrescentou.
O secretário geral disse igualmente esperar que, entretanto, os governantes iranianos "parem com o processo de enriquecimento de urânio".
"Faremos todos os esforços para chegar a uma solução política", sublinhou, realçando que se trata agora de "uma decisão política na qual a OTAN não está envolvida nem desempenha qualquer papel".
Um relatório da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) confirmou quinta feira que Teerão começou a enriquecer o seu urânio a um nível elevado - 19,8 por cento - numa fábrica em Natanz, entre 09 e 11 de Fevereiro.
Até aqui, o enriquecimento de urânio por parte de Teerão ficava-se pelos 3,5 por cento, nível suficiente para servir de combustível a uma central nuclear.
O Irão desmentiu sexta feira que procura conseguir a bomba atómica, considerando "sem fundamento" as considerações formuladas no relatório da AIEA.
Para os Estados Unidos, o documento joga a favor da imposição de sanções reforçadas.