O governo dos Estados Unidos defendeu, esta segunda-feira, que a venda de 'drones' letais do Irão à Rússia, para o uso por Moscovo na invasão da Ucrânia, significa que Teerão pode estar "a contribuir para crimes de guerra generalizados".
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O conselheiro de segurança nacional dos EUA, Jake Sullivan, levantou hoje esta acusação contra o Irão, enquanto falava com os jornalistas que acompanham o Presidente Joe Biden na sua visita ao México.
Embora não tenha sinalizado uma mudança de política, esta acusação é uma das retóricas mais contundentes dos Estados Unidos contra o Irão, desde que Teerão começou a fornecer armas à Rússia para apoiar a guerra que atingirá um ano no próximo mês, noticiou a agência Associated Press (AP).
Estados Unidos e Europa têm alertado para este apoio do Irão à Rússia, numa tentativa de garantir a condenação da opinião pública, uma vez que enfrentam desafios para impedir na prática esta transferências de armas, da qual Moscovo depende cada vez mais.
Jake Sullivan realçou que o Irão escolheu "entrar num caminho em que as suas armas estão a ser usadas para matar civis na Ucrânia e tentar mergulhar as cidades no frio e na escuridão".
"Do nosso ponto de vista, coloca o Irão numa posição onde pode estar a contribuir para crimes de guerra generalizados", sublinhou.
O conselheiro da Casa Branca apontou as sanções europeias e norte-americanas contra o Irão, implementadas depois dos EUA terem sinalizado a venda de armas no ano passado, como exemplos de formas para tornar "as transações mais difíceis", acrescentando que uma "interdição física é um desafio".