O primeiro-ministro iraquiano em funções, Adel Abdel Mahdi, ordenou uma investigação ao lançamento de projéteis contra a embaixada dos Estados Unidos em Bagdade, perto da qual caíram, de madrugada, três foguetes em mais um ataque à zona.
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Desde o final de outubro que dezenas de projéteis têm sido disparados contra militares ou representações norte-americanas no Iraque, designadamente na 'zona verde' de Bagdade, onde se encontra a embaixada e que é objeto de uma segurança reforçada.
Estes ataques nunca foram reivindicados, mas Washington atribui-os a fações pró-iranianas.
Abdel Karim Kalaf, porta-voz do primeiro-ministro, indicou num comunicado citado pela agência noticiosa estatal INA que Mahdi condenou o ataque e ordenou aos serviços de segurança e às autoridades competentes para "investigarem imediatamente o incidente".
Segundo o Governo, os projéteis lançados de madrugada não causaram vítimas.
O Iraque é palco desde outubro de manifestações populares contra os dirigentes do país, acusados de incompetência e corrupção.
Após a morte do general iraniano Qassem Soleimani e do "número dois" das Forças de Mobilização Popular iraquianas (Hachd al-Chaabi), Abu Mahdi al-Muhandis, num ataque norte-americano em Bagdade, os manifestantes protestaram também contra os Estados Unidos e o parlamento iraquiano exigiu a saída das tropas estrangeiras no país, incluindo os cerca de cinco mil militares dos Estados Unidos.