Irlandês tirou férias em Portugal sem autorização e encontrou o patrão no Algarve
Um vendedor de carros usados irlandês, de Dublin, tirou uma semana de férias em Portugal sem informar a empresa em que trabalhava e acabou despedido depois de ter dado de caras com o patrão em Albufeira. O caso aconteceu em 2022 e encontra-se em julgamento, por alegado despedimento ilegal.
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Diz a sabedoria popular que o mundo é uma ervilha e bem pode dizê-lo Gary Maloney, um vendedor de carros usados irlandês, que em outubro de 2022 decidiu que precisava de uns dias de descanso no Algarve, apesar de não ter tido confirmação de que a semana de férias tinha sido aprovada. "Não recebi um sim, mas também não recebi um não", explicou em audiência no tribunal de trabalho, onde advoga que foi despedido ilegalmente, na segunda-feira em que regressou ao serviço.
Nessa semana de outubro, dois dos responsáveis pelo stand de automóveis Bill Griffin Motors Ltd não estavam a trabalhar, o que poderá ter ajudado Gary a decidir ausentar-se para o nosso país, porque já diz o ditado: "patrão fora...". O problema é que David e Robert Griffin tinham um casamento em Portugal, também no Algarve, e pouco bastou para que um deles desse de caras com o funcionário num bar de Albufeira, quando este deveria estar a trabalhar em Dublin, revela a televisão irlandesa RTE.
Robert Griffin contou ao tribunal que Gary o encontrou e perguntou por Dave, o outro chefe, e percebeu de imediato que estaria em apuros. Ainda assim, tirou uma selfie com ele e enviou aos colegas de trabalho, para mostrar quem tinha encontrado no Algarve. Apesar de ter usado o telemóvel para enviar a imagem, durante aquela semana não atendeu as chamadas da empresa, para honrar compromissos como a venda de um carro que acabou por não se concretizar e acompanhar o processo de venda de outros veículos que se encontravam em curso.
Na segunda-feira de manhã ao regressar ao serviço, Gary Maloney terá sido despedido por um outro responsável pelo stand e o vendedor queixa-se agora que tudo foi tratado num processo sumário, sem possibilidade de defesa, pelo que o assunto se encontra num tribunal de trabalho. Já a empresa garante que o funcionário se despediu e que até já teria um outro emprego em vista.