Os dois irmãos de Ariel Castro, acusado do sequestro, cativeiro, violações e tortura de três jovens durante dez anos, em Cleveland, EUA, foram colocados em liberdade por falta de provas e agora clamam inocência. Apesar disso, dizem-se perseguidos e ameaçados de morte.
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Dias depois da sua detenção, Pedro e Onil Castro, ambos de 50 anos, foram colocados em liberdade, pois não foram encontradas provas que os ligassem ao sequestro, cativeiro e violência de Amanda Berry, Gina DeJesus e Michelle Knight, que conseguiram escapar ao fim de dez anos de tortura.
Numa entrevista à CNN, os dois irmãos libertados dizem estar inocentes e encontram-se em paradeiro desconhecido, com outros membros da sua família, por, alegadamente, terem sido alvo de ameaças de morte. "Atiraram-nos pedras e partiram os vidros da nossa casa", contaram à cadeia televisiva norte-americana. A sua mãe, de 71 anos, também se encontra com eles.
Pedro e Onil Castro dizem estar felizes com a liberdade das três jovens, mas lamentam que tenham sido envolvidos no caso na fase inicial da investigação. "Temos receio que as pessoas continuem a achar que estamos ligados ao que aconteceu", afirmam.
"Quem me conhece sabe que não seria capaz de fazer algo assim", afirma Onil Castro. "Sou uma pessoa estimada. Não tenho inimigos", acrescenta.
"O mesmo acontece comigo", comenta Pedro Castro. "Nunca me lembraria de fazer algo assim. Se soubesse o que o meu irmão (Ariel) estava a fazer, tê-lo-ia denunciado à polícia", rematou.