Os egípcios foram, esta quarta-feira, às urnas para a segunda nova fase das eleições legislativas, depois da primeira etapa da votação ter sido dominada por forças islamitas que agora esperam aumentar a vantagem.
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Nas províncias que participam nesta votação, formaram-se longas filas de espera em frente às assembleias de voto.
Cerca de 18,8 milhões de eleitores são chamados às urnas nesta segunda fase das eleições para a Assembleia do Povo (câmara baixa do Parlamento), que decorre esta quarta e quinta-feira, abrangendo um terço das províncias.
O território egípcio foi dividido em três partes para este processo eleitoral. A primeira parte, que incluiu as cidades do Cairo e Alexandria, votou no final de Novembro e a terceira parte vai às urnas no início de Janeiro.
O Partido da Liberdade e da Justiça, formado a partir da Irmandade Muçulmana, pretende reforçar a votação nestas eleições para se impor como a força mais importante do país.
Na primeira fase, as formações islamitas somaram 65% dos votos.
O partido da Irmandade obteve 36% e os salafistas, mais radicais, alcançaram uma votação considerada surpreendente, com 24% dos votos.
A comissão eleitoral indicou, em conferência de Imprensa no Cairo, que nesta jornada eleitoral houve menos irregularidades do que na primeira votação e que foram corrigidas situações de atraso na abertura das urnas verificadas anteriormente.
O presidente da comissão, Abdelmoaiz Ibrahim, manifestou, no entanto, preocupação por alguns partidos continuarem a fazer propaganda eleitoral mesmo durante o período de reflexão.
Estas eleições legislativas são as primeiras no Egipto após a demissão do presidente Hosni Mubarak, em Fevereiro, devido a protestos populares nas ruas.
Depois da eleição dos deputados começa em finais de Janeiro a escolha dos senadores, que termina em Março.