Solitário, com problemas psicológicos, desempregado e com licença para caça. É assim que os média suecos caracterizam Rickard Andersson, o suspeito pelo ataque a tiro, na terça-feira, a um centro educacional para adultos em Örebro que resultou na morte de 11 pessoas, incluindo o alegado atacante.
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A identidade do atirador não foi confirmada oficialmente pela Polícia, mas uma fonte das forças de segurança ouvida pela agência Reuters menciona Andersson como o suspeito. As motivações do ataque que criaram um “inferno” na escola Risbergska, como descreveram as autoridades, são ainda desconhecidas, todavia.
O homem, que tinha 35 anos, chegou a estar matriculado na instituição de ensino para aulas de matemática, em 2021, mas não terminou o curso, segundo o tabloide “Aftonbladet”. Em 2017, tinha mudado de nome, de Jonas Simon para Rickard Andersson, noticiou o diário “Dagens Nyheter”.
"Quando criança, era diferente, mas animado", descreveu um familiar do suspeito ao “Aftonbladet”. "Ele deu-se bem na escola. Mas os últimos anos foram difíceis para ele", acrescentou.
Andersson era descrito como alguém quieto e solitário. Tinha pouca atividade nas redes sociais e vizinhos que não o conheciam.
“Não creio que tenha tido contacto com alguém da antiga turma. Todos achavam muito estranho e questionámo-nos: 'O que aconteceu?'”, relatou um colega do ensino primário, em declarações ao “Dagens Nyheter”. “Não sei se já o ouvi falar. Talvez murmurar”, disse uma colega do secundário ao mesmo periódico.
Nos últimos nove anos, não tinha rendimentos declarados. Apesar disso, tinha licença para quatro armas. Estas espingardas foram escondidas num estojo de guitarra. Antes do ataque, colocou um traje de estilo militar.
A estação TV4 publicou um vídeo de um estudante escondido na casa de banho em que é possível ouvir tiros e uma pessoa a gritar: “Vocês vão deixar a Europa!”. Segundo o canal, o centro educacional tinha aulas de sueco para imigrantes.
A Polícia confirmou, esta quinta-feira, que o ataque vitimou “múltiplas nacionalidades”. A embaixada da Síria em Estocolmo informou também que cidadãos do país foram mortos no episódio, oferecendo “as suas condolências e simpatia às famílias das vítimas”.