Israel confirmou, esta segunda-feira, a morte do comandante das forças de Radwan, corpo de elite do Hezbollah, identificado como Ali Ahmed Hassin, além de dois outros alegados membros do movimento, num ataque aéreo no sul do Líbano.
Corpo do artigo
"Durante a noite de segunda-feira, caças da Força Aérea israelita visaram e eliminaram Ali Ahmed Hassin, o comandante das forças de Radwan da organização terrorista Hezbollah (Partido de Deus) na região de Hajir", de acordo com um comunicado militar, acrescentando que foram também eliminados mais dois membros destacados do Hezbollah.
O ataque teve lugar na zona de Sultaniyeh, no sul do Líbano, e, segundo Israel, Hassin tinha o posto de comandante de brigada sendo "responsável pelo planeamento e execução de ataques" contra civis israelitas.
"Desde o início da guerra [na Faixa de Gaza], Hassin disparou vários foguetes de artilharia contra o território israelita", refere o texto, sem dar mais pormenores.
No domingo assinalaram-se os seis meses da guerra na Faixa de Gaza, que começou no dia 7 de outubro na sequência do ataque do Hamas contra território israelita.
Um dia depois, 8 de outubro de 2023, registou-se fogo cruzado entre a milícia xiita pró-iraniana baseada no sul do Líbano, e Israel, causando os mais graves momentos na fronteira desde a guerra de 2006 entre os dois países.
Mais de 380 pessoas foram mortas nos combates, principalmente do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou cerca de 254 baixas, algumas na Síria.
Em Israel, 18 pessoas foram mortas: 10 soldados e oito civis.
O fogo cruzado intensificou-se fortemente nas últimas semanas, com Israel a alargar o raio de ação a zonas distantes da fronteira, o que faz recear uma guerra aberta entre as duas partes.
Israel afirma que, nos seis meses de guerra, o Hezbollah disparou cerca de 3100 projéteis contra o norte do país.
Cerca de 60 mil residentes das comunidades israelitas próximas da fronteira libanesa mantêm-se deslocados e há mais de 90 mil deslocados do lado libanês.