As Forças Armadas israelitas anunciaram, esta quinta-feira, a morte do comandante do Batalhão Shujaia, do movimento islamita palestiniano Hamas, no ataque de quarta-feira à cidade de Gaza, no qual morreram cerca de 30 palestinianos.
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Hatam Razak Abdelkarim Shaykh Khalil era acusado por Israel de envolvimento direto no ataque de dimensões sem precedentes do Hamas em território israelita a 7 de outubro de 2023, que desencadeou, horas depois, a guerra na Faixa de Gaza.
Segundo responsáveis militares israelitas, o ataque do dia anterior visou um “complexo de comando e controlo” do Hamas nas imediações da cidade de Gaza, a apenas um quilómetro da localização das tropas israelitas destacadas na zona, a partir do qual os combatentes das milícias islamitas planeavam e executavam “conspirações terroristas” contra Israel e o Exército.
Sobre o comandante do Hamas aniquilado, o Exército israelita precisou que liderou o ataque à base militar de Nahal Oz e ao ‘kibutz’ adjacente - situado a menos de um quilómetro da Faixa de Gaza - e, ao longo da carreira no movimento, dirigiu a escavação de túneis e comandou a Força Nujba, a unidade especial naval do braço armado do Hamas, as Brigadas Ezzedin al-Qassam.
Khalil foi nomeado comandante do Batalhão Shujaia depois de os dois antecessores imediatos, Jamil Wadia e Vafam Farhat, terem sido mortos pelo Exército israelita.
Os responsáveis militares israelitas afirmaram que, antes da ofensiva que culminou na morte, foram tomadas medidas adequadas para “reduzir os danos” sobre a população civil, incluindo a utilização de armamento guiado de precisão.
“A organização terrorista Hamas viola sistematicamente o direito internacional, explorando cruelmente as estruturas civis e a população civil como escudos humanos para atos terroristas. As Forças de Defesa de Israel e o Shin Bet [agência de serviços secretos internos israelitas] vão continuar a atuar de forma decisiva contra os terroristas da organização terrorista Hamas”, reiteraram as autoridades militares israelitas.