Israel atinge abrigo da ONU em Gaza e mata 15 refugiados e funcionários das Nações Unidas
Pelo menos 15 pessoas, incluindo um bebé e funcionários das Nações Unidas, morreram e 200 ficaram feridas após um bombardeamento ter atingido uma escola em Gaza, que as Nações Unidas usavam como abrigo e onde dezenas de civis estavam refugiados.
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O correspondente da Al Jazeera relata que o bombardemento atingiu uma escola em Beit Hanoun e que 30 pessoas foram mortas. No entanto, o ministério da Saúde de Gaza baixou o número de vítimas mortais para 15.
Esta foi a segunda vez, nos últimos três dias, que forças israelitas atacam uma escola da ONU, após terem destruído na terça-feira parte do recinto de outro estabelecimento onde se encontravam alguns dos cerca de 110.000 palestinianos que já abandonaram as suas casas em Gaza desde o início da operação "Margem Protetora", desencadeada por Israel em 8 de julho. O exército israelita já prometeu uma "investigação", e disse "não excluir" tratar-se de um 'rocket' disparado por combatentes do movimento islamita Hamas.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, denunciou em comunicado a morte de funcionários das Nações Unidas no ataque israelita desta quinta-feira.
Nos últimos 17 dias, e segundo os serviços de urgência locais, cerca de 750 palestinianos foram mortos e 4.620 feridos. Cerca de 75% são civis, com um elevado número de crianças.
Na quarta-feira, o Conselho dos direitos humanos da ONU decidiu enviar ao terreno uma missão de inquérito sobre possíveis "crimes de guerra" cometidos pelo exército israelita em Gaza, e denunciou os ataques do Hamas contra Israel.
Este inquérito suscitou a cólera do primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, que denunciou uma "paródia de justiça" e acusou de novo o Hamas de utilizar a população de Gaza como um "escudo humano".