
O exército israelita bombardeou a cidade de Gaza, com meios aéreos e terrestres, atingindo edifícios de órgãos de comunicação social e de uma agência da ONU, no vigésimo dia da ofensiva contra o Hamas.
O secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, que chegou esta quinta-feira a Israel, considerou "insuportável" o número de vítimas palestinianas, enquanto a diplomacia se esforçava para conseguir um cessar-fogo em Gaza, onde a situação humanitária se torna "dramática" segundo a ONU.
Três funcionários da UNRWA, agência da ONU de ajuda aos refugiados palestinianos, ficaram feridos quando o edifício foi atingido por mísseis de tanques, disse um porta-voz da organização.
Ban Ki-moon, que se deve encontrar com os dirigentes israelitas antes de se deslocar sexta-feira à Cisjordânia para se encontrar com o Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, afirmou ter ficado "escandalizado" com o bombardeamento do edifício da Unrwa.
A agência, cujos armazéns foram incendiados, anunciou a suspensão do conjunto de operações em Gaza.
Dois operadores de imagem palestinianos da televisão árabe de Abu Dhabi ficaram feridos num ataque aéreo contra um edifício de Gaza, onde funcionam os escritórios de vários órgãos de comunicação social árabes e internacionais, incluindo a agência Reuters, as televisões Fox e Sky, bem como as cadeias Al-Arabiya e MBC.
Entretanto, grupos armados palestinianos, nomeadamente o Hamas, continuaram a lançar mísseis contra Israel.
Pelo menos 37 palestinianos morreram ao serem atingidos por tiros israelitas nas primeiras horas do dia, de acordo com fontes médicas palestinianas.
Desde o início da ofensiva israelita 1.070 palestinianos foram mortos, incluindo 355 crianças e 100 mulheres e mais de 5.000 pessoas ficaram feridas, segundo as mesmas fontes.
Israel iniciou uma operação militar na Faixa de Gaza a 27 de Dezembro, em resposta ao lançamento de foguetes por grupos armados palestinianos contra território israelita.
