O primeiro-ministro israelita, Benjamim Netanyahu, acusou, esta madrugada, o Presidente iraniano, Hassan Rohani, de proferir o que descreveu de um "discurso cínico, repleto de hipocrisia" na Assembleia-Geral das Nações Unidas.
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Hassan Rohani, que assumiu o poder em junho com promessas de aliviar as tensões com o Ocidente e combater as sanções que têm penalizado a economia iraniana, afirmou, no seu discurso, em Nova Iorque, que o seu país não representa qualquer ameaça e que as armas nucleares de destruição massiva "não integram a doutrina de segurança e defesa" de Teerão.
No entanto, Benjamin Netanyahu não ficou convencido. "Cmo se esperava, tratou-se de um discurso cínico que estava repleto de hipocrisia", disse o primeiro-ministro israelita.
"Rohani falou de direitos humanos mesmo quando as forças iranianas participam no 'massacre' em grande escala de civis inocentes na Síria", sustentou num comunicado emitido, esta madrugada, em Jerusalém, citado pela agência noticiosa francesa AFP.
Netanyahu também acusou Rohani de condenar o "terrorismo mesmo quando o regime iraniano o usa em dezenas de países em todo o mundo", apontando que a "estratégia" do Irão é precisamente falar para ganhar tempo para poder desenvolver a sua capacidade nuclear. "Rohani sabe perfeitamente disso", frisou.
"A comunidade internacional tem de testar o Irão não apenas pelas suas palavras mas pelas suas ações", acrescentou Netanyahu, que irá discursar na Assembleia-geral da ONU na próxima semana.