Israel denunciou, este sábado, o disparo de três foguetes do Líbano para o norte do seu território, que foram intercetados pela força aérea, e prometeu “responder em conformidade”.
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“Não podemos permitir que sejam lançados foguetes do Líbano para as comunidades da Galileia”, declarou o ministro da Defesa, Israel Katz, num comunicado citado pela agência francesa AFP.
As sirenes de ataque aéreo soaram às 7.30 locais (5.30 em Portugal continental) em Metula, uma aldeia no norte de Israel que faz fronteira com o Líbano.
Katz acusou o Governo do Líbano de ser “responsável pelos disparos efetuados a partir do seu território”. “Ordenei ao exército que respondesse em conformidade”, acrescentou.
A agência libanesa ANI noticiou que aviões israelitas sobrevoaram o setor oriental do sul do Líbano e que os mísseis usados para intercetar os ‘rockets’ explodiram nessa região.
As tropas terrestres israelitas estavam também a realizar operações de varrimento com armas automáticas nas colinas de Hamames, segundo a agência.
Segundo a ANI, a artilharia israelita disparou contra o distrito meridional de Nabatiyeh e contra a cidade de Khiam, onde caíram três obuses.
O exército israelita disparou ainda armas automáticas contra as aldeias fronteiriças de Houla, Markaba e Kfar Kila.
Governo libanês alerta para risco de nova guerra com Israel
O primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, alertou para o risco de uma nova guerra com consequências desastrosas para o Líbano, pouco depois de Israel ter denunciado o lançamento de rockets contra o seu território.
“Nawaf Salam advertiu contra o risco de recomeço das operações militares na fronteira sul”, segundo um comunicado do gabinete do primeiro-ministro citado pela agência francesa AFP.
Salam disse que um novo conflito com Israel “poderá conduzir o país a uma nova guerra, com consequências desastrosas para o Líbano”.
O primeiro-ministro contactou o ministro da Defesa “para garantir que só o Estado tem o poder de decidir sobre a guerra e a paz”, acrescentou, numa alusão ao poderoso grupo libanês pró-iraniano Hezbollah.
Uma trégua pôs fim em 27 de novembro de 2024 a dois meses de conflito aberto entre o exército israelita e o movimento libanês pró-iraniano Hezbollah.
O grupo libanês tinha aberto uma frente contra o exército israelita no início da guerra entre Israel e o seu aliado palestiniano Hamas na Faixa de Gaza, em outubro de 2023.
O cessar-fogo mantém-se globalmente, apesar das acusações mútuas de violações repetidas.
O exército israelita manteve cinco posições estratégicas ao longo da fronteira no sul do Líbano.
Tanto o Hezbollah como o grupo radical palestiniano Hamas fazem parte do chamado “eixo de resistência” contra Israel liderado pelo Irão.