
Bashar Taleb/AFP
Israel considerou esta quarta-feira inevitável a evacuação da cidade de Gaza no âmbito da continuação das operações militares no território palestiniano, face a críticas internacionais sobre a deslocação forçada da população.
"A evacuação da cidade de Gaza é inevitável (...), cada família que se mudar para o sul receberá a ajuda humanitária mais generosa possível", afirmou o porta-voz árabe do exército, Avichay Adraee, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
A ONU calcula em cerca de um milhão de pessoas a população atual da província de Gaza, que inclui a cidade de Gaza e arredores, no norte do território palestiniano devastado por quase dois anos de guerra.
Israel aprovou planos para tomar a cidade de Gaza e anunciou que pretende forçar a população a transferir-se para o sul do território, um projeto considerado irrealista e perigoso por organizações humanitárias.
A imprensa árabe noticiou na terça-feira que o Egito posicionou cerca de 40 mil efetivos das forças armadas no norte do Sinai, que faz fronteira com a Faixa de Gaza, por recear uma fuga em massa para o seu território.
Hoje mesmo, o Papa Leão XIV pronunciou-se contra o "uso indiscriminado da força e deslocamento forçado de populações" num novo apelo para o fim da guerra na Faixa de Gaza.
A guerra em curso foi desencadeada pelo ataque do grupo extremista palestiniano Hamas no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e de 250 reféns.
