O exército israelita contabilizou, este domingo, a morte de “mais de 50 terroristas” desde 14 de janeiro, no norte da Cisjordânia ocupada, incluindo 35 durante uma vasta operação militar que visava os movimentos palestinianos do Hamas e da Jihad Islâmica.
Corpo do artigo
“As forças eliminaram mais de 35 terroristas e detiveram mais de 100 pessoas procuradas”, durante uma operação lançada a 21 de janeiro, afirmou o exército de Israel, em comunicado.
O exército israelita referiu ainda que, “durante uma anterior operação, mais de 15 terroristas foram eliminados em ataques aéreos”.
Em declarações à agência de notícias France-Presse (AFP), um porta-voz do exército de Israel disse que este balanço total inclui operações desde 14 de janeiro.
De acordo com a agência de notícias EFE, a morte de mais de 50 milicianos por parte do exército israelita foi registada desde o início da sua operação militar há duas semanas contra Jenin (a terceira maior cidade da Cisjordânia), à qual acrescentou Tulcarém e Tubas, no norte da Cisjordânia ocupada.
Além disso, o exército de Israel fez hoje explodir cerca de 20 casas no campo de refugiados de Jenin, relataram fontes palestinianas. Entre os mortos estão pelo menos três menores, incluindo uma menina de 2 anos atingida por uma bala do exército enquanto jantava com a família em Jenin, segundo o departamento palestiniano de saúde.
“As forças de segurança continuam a campanha para impedir as atividades terroristas na região norte da Samaria (Cisjordânia)”, explicou o exército israelita, num comunicado citado pela EFE, no qual afirma ter detido mais de uma centena de pessoas.
Imagens veiculadas pelos canais palestinianos mostraram o momento em que, hoje, Israel fez explodir até 20 edifícios no bairro de Al Damj, no campo de Jenin e conhecido por ser um símbolo de resistência durante a Primeira Intifada, em 1987, e pela invasão israelita em abril de 2002.
Segundo os meios de comunicação palestinianos, as forças israelitas transportaram grandes quantidades de explosivos depois de terem obrigado os residentes a sair das suas casas nos dias anteriores.
“Estes crimes crescentes em Jenin exigem uma intensificação da resistência para enfrentar a ocupação criminosa, que pretende eliminar a presença palestiniana. O nosso povo não se renderá à máquina sionista de destruição e devastação”, ameaçou hoje o Hamas, em comunicado.
Israel iniciou a sua operação "Muro de Ferro" em 21 de janeiro – apenas dois dias após o início do cessar-fogo em Gaza – contra Jenin, bastião histórico da resistência armada e com a presença tanto do Hamas como da Jihad Islâmica, que dias depois se estendeu às cidades de Tulcarém e Tubas, no norte da Cisjordânia.
O ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, avisou que o Exército vai manter-se no terreno mesmo após o fim da atual ofensiva.